Conteúdo Didático e Produção Cinematográfica II

Na sala de vídeo em exibição: "Memórias Póstumas de Brás Cubas", na visão do diretor Klotzel

Thaysmara e Kamila, 2o A
O 2o A na busca do entendimento sobre o realismo

Daiane e thawanne, 2o A

Everton, Amanda, graça 'machadiana' e Valéria, 2o A

Gracielli, Alana, Everson, Lorena e Loiane, 2o A

Esses três são demais: Joel, Breno e Marlington mandam recado para a professora Adriana Côrtes

O 2o A, atentos mas bem humorados

Atenção da plateia ao filme: conhecimento

Giane e Aylla, 2o B

2o B atentos ao filme

Na tela personagens machadianos na ótica do diretor Klotzel

2o B
Turma do 2o B, medo dos paparazzos

O Realismo é conteúdo obrigatório para os alunos do segundo ano. A obra que inaugura o estilo literário aqui no Brasil é "Memórias Póstumas de Brás Cubas", do escritor Machado de Assis. O diretor André Klotzel fez a transposição para o cinema e, definido os elementos do texto escrito e do texto cinematográfico, o filme atinge os alunos que analisam e percebem os fatos expressos na obra e conseguem de maneira até lúdica descobrir características do período na literatura. Leitor é chamado de espectador, mas o defunto-autor (Brás Cubas, no filme, personagem vivido por Reginaldo Farias) narra suas peripécias. A dedicatória da obra causa algum rebuliço, como em todos os tempos causou: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico estas saudosas memórias". Isso já dá a ideia do naturalismo estético também percebido na obra. O que mais chama a atenção dos alunos é a modificação literária entre realismo e romantismo na caracterização das moças em idade casadoura, do século XIX. A frase do protagonista "por que linda se coxa... por que coxa se linda?" causa impacto e polêmica. "Marcela amou-me por 15 meses e 11 contos de réis" parece ser familiar aos alunos. Eles sempre fazem um comentário na hora. As frases ditas por Brás Cubas como as mais filosóficas de sua vida arrancam risadas dos alunos: "antes cair das nuvens que de um terceiro andar", "suporta-se com paciência a cólica do próximo", "crê em ti, mas nem sempre duvides dos outros". O melhor disso tudo é que eles percebem a atualidade do realismo de Machado de Assis. Alguns até se emocionam quando ouvem Cubas dizer que não viveu pelo suor do seu rosto e ainda diz que deixou a vida com um saldo positivo: "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria". Bom ensinar com um suporte tão bem elaborado.