HORA CERTA

segunda-feira, 13 de maio de 2013

13 DE MAIO - A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL


A abolição foi movimento social e político ocorrido entre 1870 e 1888, que defendia o fim da escravidão no Brasil.
Termina com a promulgação da Lei Áurea, que extingue o regime escravista originário da colonização do Brasil. A escravidão havia começado a declinar com o fim do tráfico de escravos em 1850.
Progressivamente, imigrantes europeus assalariados substituem os escravos no mercado de trabalho.
Mas é só a partir da Guerra do Paraguai (1865-1870) que o movimento abolicionista ganha impulso.
Milhares de ex-escravos que retornam da guerra vitoriosos, muitos até condecorados, se recusam a voltar à condição anterior e sofrem a pressão dos antigos donos. O problema social torna-se uma questão política para a elite dirigente do Segundo Reinado.

LEI DO VENTRE LIVRE
O Partido Liberal, de oposição, compromete-se publicamente com a causa, mas é o gabinete do visconde do Rio Branco, do Partido Conservador, que promulga a primeira lei abolicionista, a Lei do Ventre Livre, em 28 de setembro de 1871. De poucos efeitos práticos, ela dá liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir dessa data, mas os mantém sob a tutela de seus senhores até atingirem a idade de 21 anos. Em defesa da lei, o visconde do Rio Branco apresenta a escravidão como uma "instituição injuriosa", que prejudica, sobretudo, a imagem externa do país.
CAMPANHA ABOLICIONISTA
Em 1880, políticos e intelectuais importantes, como Joaquim Nabuco e José do Patrocínio, criam, no Rio de Janeiro, a Sociedade Brasileira contra a Escravidão, que estimula a formação de dezenas de agremiações semelhantes pelo país. Da mesma forma, o jornal O Abolicionista e o manifesto
O Abolicionismo, de Nabuco, e a Revista Ilustrada, de Ângelo Agostini, servem de modelo a outras publicações antiescravistas. Advogados, artistas, intelectuais, jornalistas e parlamentares engajam-se no movimento e arrecadam fundos para pagamento de cartas de alforria, documento que concedia liberdade ao escravo. O país é tomado pela causa abolicionista. Em 1884, o Ceará antecipa-se e decreta o fim da escravidão em seu território.
LEI DOS SEXAGENÁRIOS
A decisão cearense aumenta a pressão da opinião pública sobre as autoridades federais. Em 1885, o governo cede mais um pouco e promulga a Lei Saraiva-Cotegipe. Conhecida como Lei dos Sexagenários, ela liberta os escravos com mais de 60 anos, mediante compensações a seus proprietários. A lei não apresenta resultados significativos, já que poucos cativos atingem essa idade e os que sobrevivem não têm de onde tirar o sustento sozinhos.
Os escravizados, que sempre resistiram ao cativeiro, passam a participar ativamente do movimento, fugindo das fazendas e buscando a liberdade nas cidades.
No interior de São Paulo, liderados pelo mulato Antônio Bento e seus caifazes (nome tirado de uma personalidade bíblica, o sumo-sacerdote judeu Caifaz), milhares deles escapam das fazendas e instalam-se no Quilombo do Jabaquara, em Santos.
A esta altura, a campanha abolicionista mistura-se à republicana e ganha um reforço importante: o Exército. Descontentes com o Império, os militares pedem publicamente para não mais ser utilizados na captura dos fugitivos. Do exterior, sobretudo da Europa, chegam apelos e manifestos favoráveis ao fim da escravidão.
LEI ÁUREA
Em 13 de maio de 1888, o governo imperial rende-se às pressões, e a princesa Isabel assina a Lei Áurea, que extingue a escravidão no Brasil.
A decisão desagrada aos fazendeiros, que exigem indenizações pela perda de seus "bens". Como não as conseguem, aderem ao movimento republicano como forma de pressão.
Ao abandonar o regime escravista e os proprietários de escravos, o Império perde a última coluna de sustentação política.
O fim da escravatura, porém, não melhora a condição social e econômica dos ex-escravos. Sem formação escolar nem profissão definida, para a maioria deles a simples emancipação jurídica não muda sua condição subalterna, muito menos ajuda a promover sua cidadania ou ascensão social.

Fonte: br.geocities.com





A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL
A Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1988. A lei marcou a extinção da escravidão no Brasil, o que levou à libertação de 750 mil escravos, a maioria deles trazidos da África pelos portugueses.





A assinatura da lei foi conseqüência de um longo processo de disputas. Logo antes da elaboração do deputado conservador João Alfredo, muitas manifestações pedindo a libertação dos escravos já ocupavam as ruas, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.
Na verdade, os escravos já estavam mobilizados em torno desta causa havia muitos anos. Um dos primeiros ícones da luta pela libertação dos escravos, considerado o mais importante até hoje, foi o movimento do Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi dos Palmares.
Escravos fugidos ou raptados de senzalas eram levados para o território, que chegou a ter 200 quilômetros de largura, em um terreno que hoje corresponde ao estado de Alagoas, parte de Sergipe e de Pernambuco. O movimento, iniciado por volta de 1590, só foi derrotado cerca de 100 anos depois, em 1694.
Um ano depois, Zumbi, traído por um homem de sua confiança, foi assassinado. A data de sua morte, 20 de novembro, é muito comemorada pelo movimento negro e foi oficializada como o Dia Nacional de Denúncia contra o racismo.
Mas o começo da libedrdade ainda demoraria a acontecer.
Os primeiros passos, antes da Lei Áurea, foram a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1884). A primeira estabelecia que os filhos de escravos ficavam sob os cuidados do senhor de suas mães até 8 anos. Depois, o senhor poderia libertá-los e receber indenização ou usar seus trabalhos até os 21 anos, depois eles estariam livres. A segunda dizia que os escravos estariam livres quando completassem 60 anos. Mas antes da liberdade total, deveriam trabalhar 5 anos de graça como indenização aos senhores pelos gastos com a compra deles.
Só então é que veio a Lei Áurea. Mas mesmo depois da lei, os ex-escravos batalharam bastante para sobreviver, porque não tinham emprego, nem terras, nem nada. Muitos deles arranjaram empregos que pagavam pouco porque era tudo que os brancos lhes ofereciam. Os movimentos de consciência negra surgem como forma de protestar contra esta desigualdade social e contra o preconceito racial. Hoje, 13 de maio é o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo.
É compromisso de todo mundo lutar por um mundo mais justo, e está incluída aí a justiça racial. Todos os seres humanos merecem respeito carinho ou atenção, independentemente da cor da sua pele. Isto significa que você deve tratar bem todos os seus colegas e seus conhecidos, não importa se ele é branco, negro ou oriental.
Leis Abolicionistas
1815 - Tratado anglo-português, na qual Portugal concorda em restringir o tráfico ao sul do Equador;
1826 - Brasil compromete em acabar com o tráfico dentro de 3 anos
1831 - Tentativa de proibição do tráfico no Brasil, sob pressão da Inglaterra.
1838 - abolição da escravidão nas colônias inglesas
1843 - os ingleses são proibidos de comprar e vender escravos em qualquer parte do mundo
1845 - A Inglaterra aprova o Bill Abeerden, que da a Inglaterra o poder de apreender os navios negreiros com destino ao Brasil
1850 - É aprovada sob pressão inglesa a lei Eusébio de Queirós, que proíbe o tráfico negreiro no Brasil
1865 - A escravidão é abolida nos Estados Unidos (13a. emenda Constitucional)
1869 - Manifesto Liberal propõe a emancipação gradual dos escravos no Brasil
1871 - Lei do Ventre Livre ou Lei Rio Branco
1885 - Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotejipe
1888 - Lei Áurea.
A escravidão era uma instituição "onipresente: havia escravos em todos os municípios do Império e era no trabalho deles que se assentavam todas as atividades produtivas (...) a posse deles era vital para a manutenção do status social.
A relutância em abolir não decorria somente do seu valor econômico, mas encontrava-se profundamente enraizada na cultura e nos valores das classes dominantes como um todo".
A escravidão continuava a ser a principal forma de trabalho no Brasil durante o século XIX, tanto nas áreas agro-exportadoras como naquelas dedicadas à cultura de subsistência. Esse apego à escravidão devia-se ao fato de que os escravos eram os únicos que trabalhavam quer nas cidades quer no campo.
O fim da escravidão no Brasil foi um processo lento e gradual ocupando praticamente todo o Século XIX. Após a independência em 1822, a Inglaterra pressionou o governo brasileiro que compromete-se a acabar com o tráfico em 3 anos. Em 1850 o país cedeu a pressão inglesa e proibiu o tráfico.
A Inglaterra admitia o escravismo em suas colônias produtoras de gêneros de consumo. Não podia contudo, aceitar o monopólio dessas regiões sobre o mercado metropolitano de açúcar, na medida em que assegurava mercado estável e preços elevados a essas colônias, além de obrigar os indusriais a pagar maiores salários aos trabalhadores.
Os gêneros agrícolas de outras regiões não podiam ser comercializados livremente no reino britânico e, com isso, os industriais não conseguiam vender seus produtos a essas regiões que só podiam pagar em gêneros agrícolas. finalmente, deve-se considerar que a Inglaterra não se beneficiava das constantes baixas da cotação do açúcar em diversas regiões do mundo, pois, conforme leis aprovadas por seus plantadores desde 1739, não podia adquirir açúcar proveniente de outras partes do mundo.
Dessa maneira, a extinção do tráfico de escravos, apoiada pelos industriais ingleses, não representava qualquer atitude filantrópica, mas um meio de enfraquecer as regiões colônias e anular as leis que davam a essas áreas o monopólio do comércio de gêneros agrícolas.
Somente em 1833, após uma série de reformas eleitorais, é que os industriais conseguiram abolir o escravismo em todo Império inglês. (...) Em 1843, foram revogadas as leis que reservavam os mercados ingleses para os agricultores ingleses. O livre-câmbio que, no caso britânico, atendia aos industriais, triunfava.
Adaptado de: Controvérsias na História do Brasil, MEC, Secretária de Ensino de 1o. e 2o. Graus.
O fim do tráfico condenava a escravidão ao fim, pois, devido as difíceis condições de vida e de trabalho, os castigos e a alta taxa de mortalidade impediam sua reprodução interna dos escravos.
Os acontecimentos internacionais de 1860, com a libertação dos escravos no Império português, francês e dinamarquês e principalmente o fim da escravidão nos EUA, deixavam a Monarquia em situação desconfortável. Em 1866, a sociedade abolicionista de Paris pediu ao Imperador D.Pedro II que acabasse com a escravidão. Para o monarca a medida era problemática já que a sustentação do regime dependia dos senhores de escravos.
A abolição era defendida pelos que viam nessa instituição as razões do atraso do país. Abolicionistas como Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, José do Patrocínio, André Rebouças, Luís Gama e Antônio Bento defendiam o fim do cativeiro e a reforma agrária para o país.
Joaquim Nabuco, na campanha abolicionista afirmava entre outras coisas que a escravidão no Brasil era "a causa de todos os vícios políticos e fraquezas sociais; um obstáculo invencível ao seu progresso; a ruína das suas finanças, a esterilização do seu território; a inutilização para o trabalho de milhões de braços livres; a manutenção do povo em estado de absoluta e servil dependência para com os poucos proprietários de homens que repartem entre si o solo produtivo".
A historiadora Emilia Viotti da Costa diz que as transformações sociais e econômicas pelas quais passou o país no decorrer do século XIX muito contribuíram para o abolicionismo. "De maneira geral, afirma a historiadora, foram os elementos urbanos e as categorias não comprometidas diretamente com o sistema que participaram ativamente do movimento abolicionista quando esse tomou força, o que coincidiu aliás com o processo de urbanização incipiente, mas característico dos últimos anos do Império. (...) Nas cidades, a propaganda ganhava forças. Desfilavam nas ruas da Capital e outros centros da Província, grupos de pessoas levando cartazes que representavam castigos infligidos aos escravos, fazendo coletas em prol da campanha e chegando mesmo a incitar os escravos à violência e à rebelião
A Campanha Abolicionista contribuiu para desacreditar o sistema escravista. As leis emancipadoras aprovadas pelo Parlamento tiveram um resultado psicológico importante pois condenaram a escravidão a desaparecer gradualmente. Isso forçou os proprietários de escravos a pensarem em soluções alternativas para o problema de mão-de-obra. Mas foi apenas quando os escravos decidiram abandonar as fazendas em número cada vez maior desorganizando o trabalho, que os fazendeiros se viram obrigados a aceitar como inevitável, a Abolição. Igualmente importante foi a adesão dos militares à causa abolicionista."
Após a escravidão continua a historiadora Emília Viotti "muitos abandonaram as fazendas onde viviam, empregando-se em outras. Outros abandonaram o campo pela cidade, onde a maioria continuou a viver em condições miseráveis."
O fim da escravidão em 13 de Maio de 1888 é analisado dessa maneira por Alfredo Bosi " O Treze de Maio não é uma data apenas entre outras, número neutro, notação cronológica. É o momento crucial de um processo que avança em duas direções.
Para fora: o homem negro é expulso de um Brasil moderno, cosmético, europeizado.
Para dentro: o mesmo homem negro tangido para os porões do capitalismo nacional, sórdido, brutesco. O senhor liberta-se do escravo e traz ao seu domínio o assalariado, migrante ou não.
Não se decretava oficialmente o exílio do ex-cativo, mas passaria a vivê-lo como estigma na cor da sua pele" "Entre as conseqüências dos séculos de escravidão no Brasil desenvolveu-se um quadro de exclusão dos negros. No Brasil um branco recebe mensalmente, em média o dobro do negro. "Para alguns - sociólogos, historiadores - um país agrário, com poder concentrado na aristocracia branca, ajuda a explicar em parte o porquê do racismo. Imigrantes, mestiços ou negros chegavam ao país para trabalhar em funções de baixa remuneração"
Na luta contra a escravidão, algumas pessoas se destacam por sua dedicação à causa.
Vamos conhecer alguns destes homens que ficaram conhecidos como abolicionistas?
Joaquim Nabuco
Nascido no Recife, Pernambuco, em 19 de agosto de 1849, Joaquim Nabuco desde cedo conviveu com a dura realidade dos escravos. Na infância, o menino de família aristocrata se alfabetizara junto com os filhos dos escravos numa escolinha construída pela madrinha.
Estudou Direito em São Paulo e Recife, escreveu poemas, era um patriota. Foi colega de Castro Alves e de Rui Barbosa.
O tema da escravidão estava presente em sua obra literária desde seu primeiro trabalho, nunca publicado, chamado "A escravidão". Porém, teve sucesso quando, em 1883, publicou "O Abolicionismo", durante período em que esteve em Londres.
Quando retornou ao Brasil, seguiu carreira política. Foi um grande parlamentar, um excelente orador. Fez uso de seu reconhecido talento público para lutar pela causa abolicionista, junto com José do Patrocínio, Joaquim Serra e André Rebouças.
É interessante observar que Nabuco era a favor da monarquia e ainda assim serviu fielmente à República como diplomata em Londres e Washington, após o fim do Império.
Joaquim Nabuco afirmava que a escravidão no Brasil era "a causa de todos os vícios políticos e fraquezas sociais; um obstáculo invencível ao seu progresso; a ruína das suas finanças, a esterilização do seu território; a inutilização para o trabalho de milhões de braços livres; a manutenção do povo em estado de absoluta e servil dependência para com os poucos proprietários de homens que repartem entre si o solo produtivo".
Morreu em Washington, no ano de 1910.
Rui Barbosa
Rui Barbosa nasceu em Salvador, Bahia, em 5 de novembro de 1849. Incansável, exerceu as mais variadas atividades profissionais. Foi advogado, jurista, jornalista, ensaísta, orador, diplomata, deputado, senador, ministro e candidato a Presidente da República duas vezes.
Sua participação na luta contra a escravidão foi uma das manifestações de seu amor ao princípio da liberdade – todo tipo de liberdade.
Assim como Joaquim Nabuco, estudou Direito em Recife e em São Paulo, mas foi no Rio de Janeiro que Rui Barbosa abraçou a causa da abolição. Contudo, a defesa da liberdade também levou-o a ser exilado, em 1893, quando discordara do golpe que levou Floriano Peixoto ao poder e, por isto, pedira a libertação de presos políticos daquele governo ditatorial.
Destaca-se em sua biografia sua passagem como presidente da Academia Brasileira de Letras, substituindo Machado de Assis, e o grande prestígio de ser eleito Juiz da Corte Internacional de Haia. Morreu em 1923.
José do Patrocínio
Natural de Campos, no Rio de Janeiro, José do Patrocínio nasceu em 8 de outubro de 1854. Era filho de pai branco, padre, e mãe negra, escrava. Freqüentou a Faculdade de Medicina e se formou aos 20 anos de idade, mas sua principal atuação foi como jornalista. Começou na Gazeta de Notícias, em 1875, e quatro anos depois juntou-se a Joaquim Nabuco, Lopes Trovão, Teodoro Sampaio, entre outros, na campanha pela abolição do regime escravocrata. Em 1881, tornou-se proprietário de um jornal, a Gazeta da Tarde, e fundou a Confederação Abolicionista, para a qual elaborou um manifesto junto com André Rebouças e Aristides Lobo.
Assim como Rui Barbosa, foi contra o governo de Floriano Peixoto, o que o obrigou a ser desterrado e tirou de circulação seu jornal, o Cidade do Rio, fundado em 1887. Com isto, afastou-se da vida política e terminou por falecer no Rio de Janeiro, em 30 de janeiro de 1905.
André Rebouças
André Rebouças, nascido em 1838, era filho de escravos. Estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro e se formou em Engenharia na Europa. Foi professor da Escola Politécnica, e durante toda sua vida preocupou-se com a realidade brasileira. O problema dos escravos, naturalmente, não lhe passou despercebido.
Escreveu, junto com José do Patrocínio e Aristides Lobo, o manifesto da Confederação Abolicionista de 1883; foi co-fundador da Sociedade Brasileira Anti-Escravidão e contribuiu financeiramente para a causa abolicionista.
Apoiou a reforma agrária no Brasil e foi também inventor. Exilou-se voluntariamente na Ilha da Madeira, na África, em solidariedade a D.Pedro II e sua família, e lá morreu em absoluta pobreza.
Luís Gama
Tal como José do Patrocínio, Luís Gama foi filho de uma miscigenação de cores. Seu pai era branco, de rica família da Bahia, e sua mãe era uma africana rebelde. Contudo, um episódio trágico faria com que se afastasse da mãe, exilada por motivos políticos, e fosse vendido como escravo pelo próprio pai, vendo-se à beira da falência.
Assim, viveu na própria pele o cotidiano de um escravo. Foi para o Rio e depois São Paulo. Aprendeu a ler com ajuda de um estudante, no lugar onde trabalhava como servente, mas logo fugiu – pois sabia que sua situação era ilegal, já que era filho de mãe livre.
Daí trabalhou na milícia, em jornais, escrevendo poesia e como advogado, até conhecer Rui Barbosa, Castro Alves e Joaquim Nabuco, com quem se uniria para lutar pelo fim da escravidão.
Fez do exercício da advocacia uma oportunidade para defender e libertar escravos ilegais.
Antônio Bento
Antônio Bento era um abolicionista de família rica de São Paulo. Foi advogado, Promotor Público e depois Juiz de Direito. Seus métodos não-ortodoxos, intransigentes e revolucionários para libertação dos negros o tornaram famoso. Promovia, juntamente com os membros da Ordem dos Caifazes (considerada subversiva na época), proteção a escravos que fugiam e incentivava a evasão dos negros das grandes fazendas.
Os historiadores narram que, para Antônio Bento, a escravidão era uma mancha na história do Brasil. Cristão fervoroso, há um registro de um episódio em que um negro, que havia sido torturado, teria sido levado por Antônio Bento a uma procissão. O efeito causado, além de mostrar as agruras da escravidão, foi de uma inevitável comparação do martírio do negro ao martírio de Cristo.

Fonte: www.escolavesper.com.br




quinta-feira, 2 de maio de 2013

Texto coletivo do 3o A, depois da aula sobre cubismo.

Sala de aula
Chuva
Alunos conversam
Hiperatividade inconstante
Meio dia e vinte
Musicalidade ao ar
Piloto na cara
Recado voador.
 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O DIA DO TRABALHADOR – 1º DE MAIO

foto: Henrique Matos


HISTÓRIA




Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, no dia 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.
Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.

Dia do Trabalhador no Brasil

Até o início da Era Vargas (1930-1945) certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris eram bastante comuns, embora não constituísse um grupo político muito forte, dado a pouca industrialização do país. Esta movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento por possuir influências do anarquismo e mais tarde do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo.
Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalhador. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano, neste dia. Até então marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. Atualmente, esta característica foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical: tradicionalmente a Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de diversas áreas, ligada a partidos como o PDT) realiza grandes shows com nomes da música popular e sorteios de casa própria. Na maioria dos países industrializados, o 1º de maio é o Dia do Trabalho. Comemorada desde o final do século XIX, a data é uma homenagem aos oito líderes trabalhistas norte-americanos que morreram enforcados em Chicago (EUA), em 1886. Eles foram presos e julgados sumariamente por dirigirem manifestações que tiveram início justamente no dia 1º de maio daquele ano. No Brasil, a data é comemorada desde 1895 e virou feriado nacional em setembro de 1925 por um decreto do presidente Arthur Bernardes.
Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalhador, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. Outro ponto muito importante atribuído ao dia do trabalhador foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, em 01 de maio de 1943.

FONTE: 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Resultado da aula sobre as Vanguardas que influenciaram a Literatura Moderna no Brasil. Alunos do 3ª Tst, segunda-feira, 29 de abril de 2013.

Poema cubista

Chuva lá fora
Guardas chuvas no canto
Professora à mesa
Celular em punho
Tecnologia
Bateria
Moça com frio 
Aluno calado
Moça se apalpando
Mau Mau Olhando
Viva a Sociedade Alternativa.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

IMAGENS DA TERRA HOJE

Caros seguidores do blog do Ensino Médio Inovador do Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, hoje é o Dia da Terra. Infelizmente não podemos comemorá-lo com festas, mas com tristeza pelo que vimos fazendo à nossa Nave Mãe, pelo nosso desrespeito total à nossa casa. Vejam as imagens que aqui estão postada e deixe um comentário para que todos possam refletir. As gerações do futuro herdarão um legado devastador se não mudarmos a nossa realidade com relação à maneira como tratamos a Terra.
                                                                                                  
                                                                                                             Prof. Cícero Alberto - História
























Infelizmente são essas as imagens que temos para mostrar no Dia da Terra.
O que podemos fazer? Deixe seu comentário. Vamos discutir essas e outras questões aqui no blog.

FONTE: WWW.GOOGLE.COM.BR

DIA DA TERRA

foto: Google

 Dia da Terra 2013 - ou, oficialmente, Dia Internacional da Mãe Terra - é uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2009 para marcar a responsabilidade coletiva para promover a harmonia com a natureza e a Terra e alcançar um balanço entre economia, sociedade e ambiente.
"O Dia Internacional da Mãe Terra é uma chance de reafirmar nossa responsabilidade coletiva para promover a harmonia com a natureza em um tempo em que nosso planeta está sob ameaça da mudança climática, exploração insustentável dos recursos naturais e outros problemas causados pelo homem. Quando nós ameaçamos nosso planeta, minamos nossa própria casa - e nossa sobrevivência no futuro", diz mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Contudo, a história dessa comemoração é bem mais antiga. O primeiro Dia Nacional da Terra ocorreu em meio ao movimento hippie americano, em 1970. Se por um lado a música e os jovens eram engajados, de outro os americanos viviam com seus carros com motor V8 e a indústria despejando produtos poluidores com pouco medo de represálias legais.
A ideia de uma data para marcar a luta pelo ambiente veio do senador Gaylord Nelson, após este ver a destruição causada por um grande vazamento de óleo na Califórnia, em 1969. Ele recebeu o apoio do congressista republicano conservador Pete McCloskey e recrutou o estudante de Harvard Denis Hayes como coordenador da campanha.
No dia 22 de abril, 20 milhões de pessoas nos Estados Unidos saíram às ruas para protestar em favor de um planeta mais saudável e sustentável. Milhares de escolas e universidades organizaram manifestações contra a deterioração do ambiente e engrossaram os grupos ambientalistas. Foi um raro momento que juntou até mesmo democratas e republicanos.O resultado prático foi a criação da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e dos atos do Ar Limpo, Água Limpa e das Espécies Ameaçadas. "Foi uma aposta", lembra o senador, "mas funcionou."
FONTE:
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2013/04/22/dia-da-terra-2013-entenda-como-surgiu-a-data-e-seu-significado/

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Vamos lá, gente! Em tempos de blogosfera, reativar nosso blog é,  sobretudo, viver.

quarta-feira, 27 de março de 2013

27 DE MARÇO - DIA MUNDIA DO TEATRO



                    Teatro antigo, suas galerias, camarotes e as faces da comédia e da tragédia


O Dia Mundial do teatro foi criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), data da inauguração do Teatro das Nações, em Paris.
O marco principal do surgimento do teatro foi a reunião de um grupo de pessoas em uma pedreira, que se reuniram nas proximidades de uma fogueira para se aquecer do frio.
A fogueira fazia refletir a imagem das pessoas na parede, o que levou um rapaz a se levantar e fazer gestos engraçados que se refletiam em sombras. Um texto improvisado acompanhava as imagens, trazendo a ideia de personagens fracos, fortes, oprimidos, opressores e até de Deus e do diabo, segundo conta Margarida Saraiva, da Escola Superior de Teatro e Cinema, de Portugal.
A representação existe desde os tempos primitivos, quando os homens imitavam os animais para contar aos outros como eles eram e o que faziam, se eram bravos, se atacavam, ou seja, era a necessidade de comunicação entre os homens.
As homenagens aos deuses também favoreceram o aparecimento do teatro. Na época das colheitas da uva, as pessoas faziam encenações em agradecimento ao deus Dionísio (deus do vinho), pela boa safra de uvas colhidas, assim, sacrificavam um bode, trazendo para a comemoração os primeiros indícios da tragédia.
Os povos da Grécia antiga transformaram essas encenações em arte, criando os primeiros espaços próprios, para que fossem divulgadas suas ideias, as mitologias, agradecimentos aos vários deuses, dentre outros assuntos.
O gênero trágico foi o primeiro a aparecer, retratava o sofrimento do homem, sua luta contra a fatalidade, as causas da nobreza, numa linguagem bem rica e diversificada. Os maiores escritores da tragédia foram Sófocles e Eurípedes.
Nessa época, somente os homens podiam representar, assim, diante da necessidade de simular os papéis femininos, as primeiras máscaras foram criadas e mais tarde transformadas nas faces que representam a tragédia e a comédia; máscaras que simbolizam o teatro.
O gênero cômico surgiu para satirizar os excessos, as falsidades, as mesquinharias. Um dos principais autores de comédia foi Aristófanes, que escreveu mais de quarenta peças teatrais.
Nas primeiras representações, a comédia não foi bem vista, pois os homens da época valorizavam muito mais a tragédia, considerando-a mais rica e bonita. Somente com o surgimento da democracia, no século V a.C, a comédia passou a ser mais aceita, como forma de ridicularizar os principais fatos políticos da época.
Por Jussara de Barros

Disponível em http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-mundial-teatro27-marco.htm#, acesso em 27.03.2013.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

TEATRO & EDUCAÇÃO: PARCERIA QUE SEMPRE DÁ CERTO!

PROFª HELENÍZIA NOS PREPARATIVOS PARA A APRESENTAÇÃO DE LISÍSTRATA: A GREVE DO SEXO


Beaumarchais, uma das grandes expressões do teatro clássico francês, afirmava: “Teatro, cuja primeira lei - e talvez a única - é a de divertir instruindo”. Verdade que ninguém pode contestar. Caso contrário, estaríamos negando a própria essência e a milenar história da arte teatral. A professora Helenízia assimilou bem a proposição de Beaumarchais, unindo a educação com a arte cênica, contribuindo para a valorização do teatro como uma importante ferramenta didática à disposição do processo ensino-aprendizagem dos nossos educandos. Podemos constatar a importância de seu trabalho na culminância do projeto da disciplina Arte Cênica por ela ministrada no Colégio Estadual Presidente Emilio Garrastazu Médici, nos últimos dias letivos do ano de 2012: a leitura dramática de “As Vespas” e “Lisístrata-Greve do Sexo”, comédias escritas por Aristófanes, o mais importante dos comediógrafos do teatro da Grécia Antiga.
A culminância aconteceu no dia 11 de janeiro de 2013, no Auditório do Colégio Médice que ficou lotado pelos estrudantes.

                  ARISTÓFANES, O MAIOR AUTOR DE COMÉDIA DO TEATRO GREGO DA ANTIGUIDADE

Nasceu por volta de 447 a.C., em Atenas, e seu pai se chamava Felipe; foi criado provavelmente no meio rural, talvez em uma propriedade na ilha de Egina. Consta que se tornou careca por volta dos vinte anos, que exerceu um cargo público — a pritania — no início do século IV a.C., e que teve dois filhos que seguiram carreira no teatro cômico, Araros e Filipos. Ele é mostrado por Platão, no Banquete, como um companheiro agradável, jovial e divertido.
Aristófanes compôs um total de quarenta peças, e obteve nos concursos pelo menos seis primeiros prêmios e quatro segundos prêmios. Embora toda sua vida intelectual tenha transcorrido em Atenas, apresentou certa vez uma de suas peças no teatro de Elêusis. Sua primeira comédia, Os Convivas, estreou em 427 a.C. sob o nome de Calístrato, o ensaiador da peça, e obteve de saída o segundo prêmio. Suas duas últimas comédias, Cocalos e Eolosicon foram encenadas por seu filho Araros após -388. Acredita-se que o poeta tenha morrido pouco depois, em algum momento entre 386 a.C. e 380 a.C.
De toda sua obra somente onze comédias sobreviveram mas, em compensação, todas puderam ser datadas de modo razoavelmente preciso: Os Acarnenses, 425 a.C.; Os Cavaleiros, 424 a.C.; As Nuvens, 423 a.C.; As Vespas, 422 a.C.; A Paz, 421 a.C.; As Aves, 414 a.C.; Lisístrata, 411 a.C.; As Tesmoforiantes, 411 a.C.; As Rãs, 405 a.C.; As mulheres na Assembléia, 392 a.C.; e Pluto, 388 a.C.
 Acarnenses, Cavaleiros, Vespas, Paz e Lisístrata tratam da vida política; Nuvens, Tesmofóriantes e Rãs criticam a vida intelectual; Aves, Mulheres na Assembléia e Pluto são alegorias, ou comédias de fuga (Starzynski, 1967).
Restaram também numerosos fragmentos de suas outras comédias, que permitiram reconstituir, ao menos em parte, o argumento de algumas delas.
Características da obra de Aristófanes:
As comédias anteriores a 400 a.C. mostram duas preocupações básicas: fazer o público rir e criticar as instituições políticas e intelectuais da Atenas daquela época. E, em meio à linguagem viva e pitoresca dos diálogos, também estão presentes trechos de grande beleza poética, notadamente nas odes corais.
Todos os recursos cômicos imagináveis foram usados com grande maestria pelo poeta, desde a sátira mais grotesca até a malícia mais sutil: situações ridículas, cenas fantásticas, personagens alegóricos, caricaturas de personagens humanos reais e deuses, pilhérias, ironias, jogo de palavras, trocadilhos, mal-entendidos, exageros, substituição de palavras esperadas por outras inesperadas, paródias (dos autores trágicos, principalmente), neologismos, provérbios...


AS VESPAS 

As Vespas foi representada em Atenas pela primeira vez nas Lenéias de 422 a.C. e recebeu o primeiro prêmio no concurso. Em segundo lugar, ficou a comédia Prelúdio, também de Aristófanes e, em terceiro, a comédia Embaixadores, de Lêucon.
A comédia é uma expressiva e cáustica crítica à organização do poder judiciário de Atenas e à corrupção e demagogia de que padecia o sistema na época de Aristófanes.
Filocleon ("o que aprecia Cleon") é um velho camponês viciado em julgamentos; Bdelicleon ("o que odeia Cleon"), filho de Filocleon, é um rapaz ajuizado que tenta fazer o pai perder a perigosa mania de julgar. Para tanto, prende o velho em casa, impedindo-o de sair, e procura convencê-lo a passar o tempo julgando problemas domésticos corriqueiros, como por exemplo o caso de um cão que roubou queijo da cozinha... Esse texto foi trabalhado pelos alunos do 1º ano E.






ALUNOS ENCENANDO "AS VESPAS"
                                             


A GREVE DO SEXO



Lisístrata: a guerra do sexo é uma das peças de Aristófanes antibélicas. Um dos motivos de sua criação foi a irritação de Aristófanes com a guerra que enfraquecia Atenas e Esparta, bem como com a morte inútil de muitos homens. Ele mostra em sua obra um protesto irreverente, abusando do deboche e da licenciosidade. A ação da comédia, bastante conhecida, desenvolve-se a partir de um plano idealizado por Lisístrata, personagem central, para acabar com as desgraças da Grécia. Ela simplesmente convence as mulheres de Atenas e de Esparta a não mais dormirem com seus maridos, a menos que assinem um tratado de paz. A situação evidentemente gera desdobramentos cômicos, que Aristófanes explora com inegável competência. Vale mencionar, por exemplo, a excitação de algumas mulheres que não suportam o jejum e tentam furar a greve, ou ainda a cena que Mirrina alimenta aos poucos a excitação do marido Cinésia e o abandona quando estão prestes a consumar o ato sexual. Um dos pontos altos da peça, no entanto, esta na carregada preciosidade das cenas e dos diálogos em que os homens surgem com os falos eretos, desesperados com a incômoda situação. Seguramente não há, na literatura teatral, peça em que os senhores das guerras de todos os tempos tenham sido satirizados de maneira mais contundente.
Lisístrata, na verdade é uma sátira de cunho político, inspirada pelo profundo pessimismo deste importante comediógrafo grego, em relação às instituições e ao próprio ser humano. Em termos mais precisos Aristófanes desencantou-se principalmente com a deteriorização de Atenas, com a corrupção que corroeu a democracia grega após a morte de Péricles e com as atitudes de políticos inescrupulosos.





















ALUNOS ENCENANDO A GREVE DO SEXO
                             


AGRADECIMENTO FINAL DO 1º ANO D
                                           
                                                                   


AGRADECIMENTO FINAL DO 1º ANO E





  


EQUIPE TÉCNICA


                                                              
                                                                   



                                                    



PROFESSORA HELENÍZIA: ALEGRIA DO DEVER CUMPRIDO


PLATÉIA



   

 
     


PROFESSORES E ALUNOS PRESTIGIANDO AS APRESENTAÇÕES


OUTRAS CENAS


                              























REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARAÚJO, Nelson de. História do Teatro. Bahia : Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1978.
PEIXOTO, O que é teatro. São Paulo : Brasiliense, Coleção primeiros passos, 1995.
ARISTÓFANES. Lisístrata-Greve do Sexo; tradução Millôr Fernandes - - Porto Alegre : L & PM, 2003.
REVERBEL,Olga. Teatro na sala de aula. Rio de Janeiro : José Olympio Pereira Filho, 1978.
AS IMAGENS DE ARISTÓFANES, AS VESPAS E LISÍSTRATA foram extraída do Google.