HORA CERTA

terça-feira, 8 de junho de 2010

Plugado na atualidade

Mancha de óleo no Golfo do México

Quase um milhão de litros de óleo se espalha no mar por dia nos EUA.

Às 22h do dia 20 de abril, houve uma explosão no Golfo do México. Onze funcionários da empresa British Petroleum ficaram desaparecidos no acidente. E, desde então, uma corrida contra aquele que pode ser tornar em breve o maior derramamento de óleo já ocorrido nos Estados Unidos, e um dos maiores da história.

Foi em uma região de intensa exploração de petróleo, a 65 quilômetros da costa do estado americano da Louisiana.

Quando a plataforma Deepwater Horizon pegou fogo, um sistema automático deveria ter fechado imediatamente uma válvula no fundo do mar. Deveria.

O equipamento de emergência falhou e, quando a plataforma afundou, dois dias depois, a tampa do poço ficou aberta. E há dias o petróleo vaza sem interrupção.

Bastaria girar a válvula e o poço ficaria fechado para sempre. Mas o equipamento está a mais de 1,5 mil metros de profundidade.

E aqueles que seriam a única esperança estão há quase duas semanas tentando. Robôs submersíveis controlados à distância primeiro tentaram o mais simples: apertar um botão que fecharia a válvula. Nada feito. Eles agora usam ferramentas, como alicates e cabos conectores na tentativa de consertar o defeito.

"Temos um robô trabalhando especificamente na válvula na boca do poço. Outros estão tentando fechar os vazamentos na tubulação e temos ainda outros robôs monitorando a área para saber se não há ainda mais óleo vazando", explica ao Fantástico a representante da British Petroleum, Marti Powers.

Perguntada por que os robôs não tiveram sucesso até agora, Mari Powers diz, simplesmente, que não tem como responder.

Uma plataforma móvel está sendo rebocada até o local e nos próximos dias começa a perfurar um novo poço ao lado do que está vazando. Pela nova tubulação, os engenheiros pretendem injetar cimento e finalmente impedir que o petróleo pelos dutos danificados.

Terá havido negligência? Por que a British Petroleum e o governo americano demoraram tanto para reconhecer a verdadeira dimensão do problema?

No começo, dizia-se que o petróleo na superfície do Golfo do México era só uma pequena quantidade, o que teria sobrado da plataforma perdida. Na última quinta-feira (29), nove dias depois, engenheiros perceberam que vazava quase um milhão de litros por dia. Foi só aí que o presidente Barack Obama veio a público e montou uma força tarefa do governo.

Em uma embarcação da Guarda Costeira, a equipe do Fantástico viajou quase duas horas pelo Rio Mississippi até a entrada do Golfo do México.

No caminho, os primeiros sinais da megaoperação montada para reduzir o impacto do óleo sobre a reserva ambiental que se forma em torno do rio: mais de 60 quilômetros de barreiras.

Mas a ajuda também chega pelo céu. Aviões jogam dispersantes para dissipar a mancha, perto de um milhão de litros até agora. É uma espécie de sabão que provoca uma reação química, quebrando o óleo em partículas menores. O óleo se dilui na água e pode ser digerido por bactérias marinhas que usam essas partículas como alimento.

"Pela primeira vez estamos usando dispersantes também na origem, no próprio poço", explica Patrick Keley. "Só assim podemos dissolver o óleo antes que ele chegue à superfície".

Em outra frente, 75 barcos e quase duas mil pessoas tentam retirar do mar o máximo possível do petróleo derramado. Mas, apesar dos esforços, a cada segundo o volume aumenta. O combustível se espalha e muda de forma.

As análises feitas nos laboratórios da Universidade Estadual da Louisiana mostram que o que esta vazando no Golfo fica a cada dia mais denso. Por uma amostra, da para ver como o petróleo ficou grudento, o que significa de fazer a limpeza nas águas do Golfo. O petróleo normal é mais tóxico, porém, mais fácil de limpar.

No laboratório de micropartículas da Universidade, o pesquisador analisa a composição química do petróleo que esta vazando. Ele diz que aparentemente, ele e mais denso do que pensavam, e isso e preocupante. O óleo vai ficar no ambiente ate encontrar onde grudar. E assim lentamente o óleo mataria parte da vegetação, depois peixes e por fim pássaros. Em março de 1989, o Exxon Valdez derramou 40 milhões de litros de óleo de uma só vez. A tragédia ambiental no Alaska e foi considerada pelo homem a maior de toda a história.

"Eu não ficaria surpreso se esse vazamento no Golfo do México for varias vezes maior do que o Exxon Valdez. Esse vazamento não vai chegar ao continente de uma única vez. Ele vai vir ao longo de meses, e não vai parar. Então você vai em uma praia e alguns dias depois o óleo vai aparecer outra vez", diz o professor.

Pelas estimativas dos pesquisadores, do governo americano e ate da própria Companhia de Petróleo, o vazamento no Golfo do México deve durar meses, mas ninguém sabe ainda o tamanho do desastre que ele poderá causar.

Na manha deste domingo, o repórter Rodrigo Alvarez sobrevoou a gigantesca mancha de óleo que avança em direção a Costa Americana.

Às 10h30 no Golfo do México, o Fantástico sobrevoou a macha de petróleo que vai em direção ao continente. O total do petróleo que vazou, e comparável a uma ilha do tamanho de Porto Rico. Fica nítido que a mancha fica mais densa e larga pelas estimativas feitas, são mais de 40 milhões de litros espalhados pelo Golfo do México.

Da para perceber que ela se alterna. As vezes e mais densa e as vezes e mais fina. Vezes mais larga e estreita. Não há barreira de contenção, navio, nada que possa conter o fluxo natural deste combustível que vazou no dia 20 de abril. Portanto, 12 dias atrás. Ate agora ninguém sabe o tamanho da tragédia que ele pode provocar ao chegar ao continente. Mas o grande inimigo e o dano grave ao meio ambiente.

"Infelizmente não vamos saber o impacto real deste acidente por semanas e semanas, diz o biólogo Robert Thomas. "Nossa preocupação é o que esta acontecendo debaixo d água, na cadeia alimentar. As folhas quando secam viram sedimento que são consumidos por animais como, por exemplo, pequenos caranguejos e depois viram alimentos para os peixes", explica o biólogo.

E os peixes são alimentos para inúmeras espécies de aves que habitam esse ecossistema. São regiões alagadas que se caracterizam pela ausência de grandes arvores. Uma rica fonte de alimento para os animais.

Do alto do helicóptero, vimos jacarés nadando pelos extensos marismas da reserva ambiental. O animais que sobrevoam o Golfo do México estão ameaçados nessa região. Essa é a casa de centenas de milhares de patos e gaivotas. E mais um sinal da gravidade do problema. O presidente americano foi ate a Louisiana. Obama previu o que pode se tornar um desastre ambiental sem precedentes.

Integrantes do governo americano que acompanhavam a comitiva, disseram que o vazamento de óleo pode continuar ao longo dos próximos três meses. Desde o começo até hoje em dia, a mancha cresceu até 120 quilômetros. Esta chegando até a costa do Mississipi e da Louisiana.

E por isso, hoje, a pesca em todo o estado da Florida foi suspensa.

"A pesca é extremamente importante para o ecossistema. Estamos muito preocupados, pois se o óleo chegar a costa e destruir esta vegetação, estará matando os animais. E uma catástrofe que esta se construindo", conclui Robert Thomas. "E não temos idéia de como vai terminar".

Esse texto foi apresentado para avaliação da disciplina "Fundamentos e Técnicas de Treinamento", solicitado pelo professor Diogo do SENAI. Fundamentado por pesquisas na internet. Formatado por Arthur Moura, João Vitor, Jeferson, Luana e José Tayran, do 1º TST.

7 comentários:

  1. Parabenizo os alunos pela pesquisa e pelo resultado apresentado com segurança.
    A luta continua. Agora são 20 Km de mancha no oceano, segundo edição de hoje do "Jornal Nacional". Absurdo! Ainda segundo o programa, em uma noite anterior, até bolas de golfe já foram utilizadas para tentar bloquear o "orifício". Quanto mais tempo, maior é o dano: morte de milhares de seres e devastação da área. Quem perde é toda a humanidade... E pior é que não temos a certeza se estamos bem informados sobre os danos verdadeiros. Torço para que o problema logo seja sanado.

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  2. essa mancha de oleo no golfo do mexico esta provocando muitas consequencias.Por exemplo: a mortede varios animais marinhos, a polueção do oceano e etc.Mas ainda bem que eles já estam tomando providencias.

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  3. e essa mancha causa morte de animais de plantas eu sei que é dificil para conter a mancha que espalha 1 milhão de litros de oléo por dia mas tem que continuar para salvar a vida dos animais e das plantas.

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  4. Já sabia que o problema era grande, mas não imaginava que a situação estava tão crítica. Espero que tudo seja resolvodo o quanto antes, ou até nós que estamos longe sofreremos as consequencias. Temos também que nos preocupar com o ecossistema que etá sendo prejudicado. Se os robôs não derem conta, quem dará?

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  5. Eu gostei muito desse texto, que fala de uma notícia atual que é essa mancha de oléo no Golfo do México, que está poluindo os mares. A mancha já está próximo da costa da Flórida. Eu espero que consigam encontrar uma solução para este problema.

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  6. Segundo esse texto, desde o começo do vazamento até hoje em dia a mancha já avançou 120 Km e esta chegando até a costa americana... isso é preocupante pois o grande parte do ecossistema está em risco... e quanto mais a mancha se dispersa mais ecossistemas estão em riscos. Ví esses dias em noticiários na TV que a ONU está pedindo cabelo para estancar o óleo, pois ele tem uma substância que tipo absorve o óleo. O que vai acontecer com a vida nesse lugar ??? Eu espero que esse problema seja resolvido o quanto antes..é mais uma vez uma luta que os homens travam com a natureza.

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  7. Embora seja um texto longo segundo as orientações editoriais. É de extrema importância já que concientiza sobre o grande valor de preservação do meio ambiente em dias atuais.

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